Deconstrução

Deconstrução

Meu depoimento em setembro 2015

 

Em 1975 o Estúdio Fotográfico Giró contratou-me, indicado por Flávio Imperio, para pintar em um enorme fundo infinito o ambiente da Santa Ceia, Leonardo Da Vinci, em frente ao qual posariam atores. Tratava-se de uma menção de natal.

 

fotógrafo: Giró; agência: Mauro Sales; cliente: União de Bancos.

 

A qualidade do resultado levou a agência a descartar o cliente e fazer da imagem seu cartaz de comemoração de natal. Soube que esse cartaz acabou por ganhar um prêmio e ficou exposto, com outros, no MASP, Museu de Arte de São Paulo.

 

Durante a execução do cenário, o fotógrafo fez várias chapas seguidas o que me deu a ideia da Deconstrução. Pedi a ele que continuasse fotografando a performance que retornou a parede ao branco original. Em algum momento lembrei de uma linda pintura em branco preto e amarelo da Sheila Brannigan, pertencente à coleção do MAC USP que tentei seguir nas imagens 10 e 11 do Deconstrução.

 

As 6 últimas imagens (mais 1) da série são tomadas, por curadores e colecionadores, como registro de performance (imagem 1; imagem2; imagem 3; imagem 4; imagem 5; imagem 6; imagem7 e assim têm sido apresentadas em exposições.

 

Por fim, uma sequência de 13 imagens copiadas em diapositivos a serem mostrados em looping. Sequência de 15 imagens na verdade, considerando o título e a tela em branco no início de cada conjunto.  Os diapositivos originais de 1975 foram digitalizados em 2012 , compondo nova versão, mais adequada e segura para exposições.

 

Ainda em 1975 a revista Domus publicou em sua edição 544 o artigo de Pierre Restany, L'Art Brésilien dans les Sables Mouvants, onde Deconstrução é dito antecipação do movimento desconstrutivista.

 

Gabriel Borba

 

Conjunto da Obra

Deconstrução